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terça-feira, 9 de novembro de 2010

Cotas

A maior importância da política de cotas está em discutir qual é o Brasil que queremos, se é um Brasil que segrega, que exclui ou não. Se não for, temos que repensar o ensino e oferecer um ensino da mesma forma como pretendíamos que a saúde seria, universal e gratuita.
Na lógica do jogo político capitalista, a visão de curto prazo na implantação de políticas públicas de educação e saúde exige o barateamento dos custos (gastando mais os políticos terão menos dinheiro para as campanhas e compras de voto), resulta na baixa qualidade do atendimento e na exclusão de parte da população do atendimento.
O "mérito" é usado para justificar a exclusão no ensino e em consequencia na vida profissional. Aceitar essa situação como "natural", é o que propõe a lógica liberalizante na política.
Aceitar as diferenças é uma coisa, mas usar essas diferenças para justificar a exclusão é criminoso. Justamente, aqueles que são mais diferentes, são os que precisam de mais assitência e cuidados da educação.
Não se pode pensar que a educação possa cessar para alguém em algum momento, que ela pare. Não é aceitável que alguém que se reconheça carente de capacitação e que deseje ou mesmo até que recuse uma qualificação, não seja assistido, que seja excluído. O papel da educação é o de assitir, acompanhar, sem trégua. Enquanto houver vida haverá tentativa, aproximação e educação. Educação é para sempre.
Enquanto ensino, saúde e transporte forem toleradas como atividades lucrativas, nada mudará.
Só quem não gosta de cotas são os brancos e as escolas particulares.

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