Pesticide Action Network

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Fundos de Pensão

A participação dos Fundos de pensão das empresas estatis nas empresas privatizadas só tem contribuído para tornar mais frágil a nossa economia. Fundos, que representam privilégios para poucos, são capazes de fazer tudo para obter lucro, para aumentar os rendimentos e dos seus associados. Embora os Fundos consigam atender aos seus associados, eles tem sido favorecidos pelos governos e retribuem essa liberdade com apoio as campanhas políticas de eleição. Apesar da política de privatizações, os capitais externos desapareceram, e não foi feita uma revisão dessas políticas. Hoje os Fundos de pensão tem sido usados pelos governos para manter as privatizações.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Queremos?

Á nossa sobrevivência depende da sustentabilidade da vida no planeta. O estado de sustentabilidade da vida na terra acontece quando a vida na terra vive sob determinadas condições que permitam a sua reprodução indefinitiva.
É importante definir e elger quais são as condições que a vida tem que obedecer para favorecer este estado de equilíbrio da vida com o planeta.
Ninguém sabe ainda quais são essas condições. As necessidades se alteram conforme mudam os hábitos e a quantidade de pessoas que habitam a terra. Sabemos, sentindo na pele, quais são as condições prejudiciais ao equilíbrio da vida com o planeta, e fazemos muito pouco para evitar esses prejuízos.
Comparar a vida equilibrada com o meio ambiente com pobreza, é no mínimo preconceituoso, pois ninguém é pobre por que quer. Se alguém é pobre, ou não sabe que é pobre, e portanto é feliz, ou é vítima da violência da exploração econômica. Essa comparação também revela o apego a bens materiais e condiciona a felicidade a obtenção desses bens. Afirmar que viver em equilíbrio sustentável com a natureza é pobreza, é desprezar essa condição, é descartar, talvez, a única esperança que teríamos de sobreviver.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

DESRESPEITO À MATA ATLÂNTICA PROVOCOU A TRAGÉDIA NAS CIDADES SERRANAS FLUMINENSES

17/1/2011
Ambientalista diz que tragédia na região serrana do Rio de Janeiro é resultado do desrespeito à Mata Atlântica

Tragédias como a que ocorreu nas cidades serranas do Rio de Janeiro são nada mais que o resultado do processo de ocupação da Mata Atlântica. A afirmação é da escritora e ambientalista Anne Raquel Sampaio, que mora no Parque do Imbuí, um dos bairros mais afetados pela catástrofe em Teresópolis.

“Nós não estamos aqui simplesmente sobre o solo de Teresópolis, e sim sobre o solo da Mata Atlântica, um bioma que precisa ser mais respeitado”, diz a escritora. Como muitos cariocas, ela se mudou há 25 anos para a cidade serrana fugindo da violência urbana do Rio e em busca de paz e de contato com o verde. “Na época, o clima era mais frio, e a cidade tinha menos favelas e menos gente.”

A reportagem é de Paulo Virgilio, da Agência Brasil, e publicada pelo EcoDebate, 17-01-2011.

Com o passar dos anos, além da favelização, houve uma ocupação maior das margens dos rios, com uma grande devastação da mata ciliar. Anne Raquel, que faz pesquisas sobre a água, alerta para o problema da falta de esgotos na cidade. “Como a maior parte das cidades brasileiras, Teresópolis foi construída às margens de um rio, oPaquequer, hoje um grande esgoto atravessando a cidade. Esse rio às vezes fede, mas a população faz de conta que esse fedor não existe.”

Segundo a ambientalista, a tragédia atual mostra que o risco da ocupação irregular é o mesmo para os pobres e os ricos, já que condomínios de alto luxo e de classe média também foram igualmente atingidos. Ela chama a atenção para o fato de que a propaganda imobiliária desses condomínios não corresponde à realidade.

“Você não pode construir uma mansão sobre uma encosta que é linda, e dizer que aquilo ali é ecológico só porque algumas árvores foram preservadas. Na verdade, aquela área não deveria ser ocupada, nem por mansão nem por ninguém. As pessoas que constroem essas casas sonham com um mundo melhor para elas, mas não param para analisar que esse mundo melhor precisa, antes de tudo, que a gente respeite a natureza.”

É preciso reconstruir a cidade, partindo do princípio de que ela está sobre o solo da Mata Atlântica, que tem caracteristicas próprias e é responsável pelo abastecimento de água de mais de 80% da população brasileira, diz a ambientalista. “A água precisa caminhar, chegar ao mar. Se agente constrói em cima do caminho da água, ela vai achar esse caminho de uma forma ou de outra.”

Emocionada com tragédia que presenciou, Anne Raquel acha que a solução não pode ser apenas técnica: “a questão ambiental só vai ser resolvida quando a gente olhar tudo isso com o coração, pensar em como impedir que as crianças morram, porque usamos recursos públicos para tudo, menos para cuidar da natureza.”

Autora de seis livros infanto-juvenis baseados em mitos indígenas e focados na temática ambiental, Anne Raquel concluiu a obra mais recente justamente no dia da tragédia, quarta-feira (12). “Na história de Os Filhos da Senhora das Águas, Iara está ficando cega e pede ajuda para enfrentar uma grande tempestade. “O tragicômico é que assim que eu acabei de escrever o livro aconteceu esse desastre horrível.”
Fonte: IHUnisinos

quinta-feira, 7 de abril de 2011

A ECONOMIA POLÍTICA DA EDUCAÇÃO

O modo de produção capitalista está cheio de autocontradições internas. O campo da educação e formação também não é excepção. O conhecimento em si não produz valor, mas constitui uma necessidade objectiva do capital, sob o ditame do desenvolvimento das forças produtivas. Uma vez que nesta sociedade quaisquer gastos têm de ser apresentados na forma do dinheiro, os encargos do sistema de ensino constituem "custos mortos" em sentido capitalista, isto é, uma dedução à mais-valia social. Por isso em toda a parte se invoca a necessidade de investimentos na educação, em nome da concorrência pela localização das empresas, estando, no entanto, a produção e distribuição do conhecimento simultaneamente sob enorme pressão dos custos.
Esta contradição tem vindo a intensificar-se historicamente. O mesmo desenvolvimento das forças produtivas que obriga à expansão do conhecimento e da educação tem reduzido, por outro lado, o sector (especialmente da base industrial) que produz mais-valia real, uma vez que a força de trabalho se tem tornado supérflua numa escala cada vez maior. Enquanto a famosa classe operária "produtiva" diminuiu relativamente e hoje constitui uma minoria na sociedade, cresceram em contrapartida as novas classes médias em grande parte "improdutivas" do sector da educação e do conhecimento. Do ponto de vista capitalista, este desenvolvimento só pôde ser representado num crescente financiamento a crédito dos respectivos "custos mortos", um aspecto pouco discutido da crise financeira geral.
A massificação das qualificações superiores (na Alemanha, cerca de metade dos estudantes que em cada ano concluem o ensino secundário) e, consequentemente, da sua oferta conduz a uma desvalorização da força de trabalho qualificada, de acordo com as leis do mercado de trabalho. Com a pressão dos custos sobre o sistema de ensino, "improdutivo" do ponto de vista capitalista, desenvolveu-se uma progressiva precariedade também dos estratos sociais com formação académica. A antiga classe média com formação superior está condenada ao declínio. Acresce a isso a discrepância entre a qualificação e as exigências da conjuntura económica. Como o contexto social não está sujeito a um planeamento conjunto, mas sim a uma dinâmica cega, algumas qualificações tornam-se subitamente supérfluas ou com excesso de oferta, enquanto outras faltam. A formação só se faz a longo prazo, enquanto os perfis procurados mudam constantemente, de acordo com a concorrência global.
Entretanto, estamos confrontados com o mesmo problema em todo o mundo. Em todos os países há nomes semelhantes para a situação que na Alemanha é designada por "Geração Estágio" e que revelam a situação social na verdade difícil da "geração Facebook". Precisamente porque o desnível escolar foi parcialmente nivelado entre o centro e a periferia capitalista, torna-se dramaticamente notória a ausência de perspectivas de uma geração educada de jovens nos países mais pobres. Esta é (ao lado da explosão dos preços dos alimentos) uma das razões para as revoltas actuais no mundo árabe. Mas também na China ou na Índia cresce o abismo entre a qualificação em massa e o emprego. Não se trata dos chamados deficits democráticos, mas de uma contradição estrutural, insolúvel no capitalismo, na relação entre educação e economia. A questão é saber se o "proletariado académico” globalmente massificado converte a sua precarização na ideia de uma nova emancipação social para todos, ou se pretende apenas afirmar-se no capitalismo e digere ideologicamente a inevitável frustração. No segundo caso será preciso contar com o pior.
Original POLITISCHE ÖKONOMIE DER BILDUNG. Publicado em Neues Deutschland, 07.03.2011, Português

Israel x Paz no Brasil

Soraya Misleh

Um olhar crítico sobre a cobertura da mídia brasileira acerca da questão não deixa dúvidas de que esse modelo é reproduzido no País. Não por acaso. A ideologia por trás da notícia está, por exemplo, na origem da própria TV Globo, que em 1966 se fortaleceu mediante acordo obscuro com o conservador grupo estadunidense Time-Life - o qual lhe permitiu o monopólio do mercado e definiu o padrão da informação que seria veiculado em seus telejornais. A estratégia era clara: ganhar a batalha pelas mentes. Para tanto, a programação procurou sempre manter a população alienada e com baixa autoestima. Adormecida, a arma da crítica não ameaçaria o status quo. Segundo o documentário "Peace, propaganda and the promised land - U.S. media & the Israeli-Palestinian Conflict" (em português, "Terra, paz e propaganda - a mídia dos EUA e o conflito israelo-palestino"), feito pela Media Education Foundation, a campanha de relações públicas é a segunda frente de batalha do Estado de Israel, ao lado da militar. Vencer a guerra também no campo da informação, portanto, é parte integrante da estratégia sionista para manter e expandir a ocupação em território palestino.
Disponível em Ocupação invisível, APROPUC-SP

Mais Ricos

Esta semana, os republicanos apresentaram uma proposta de orçamento para 2012 com cortes de mais de US$ 5,8 trilhões de gastos do governo durante a próxima década. O plano prevê mudanças radicais no Medicaid e Medicare, ao reduzir pelo alto os impostos corporativos e individuais em 25%. O DemocracyNow falou com o ganhador do Prêmio Nobel, o economista Joseph Stiglitz, que aborda a crescente divisão de classes que está ocorrendo nos Estados Unidos e da desigualdade em um novo artigo da Vanity Fair com o título "de 1, pelo 1, para 1%." Stiglitz é professor na Universidade de Columbia e autor de numerosos livros, mais recentemente, Freefall: América, mercados livres, e ao afundamento da economia mundial. "Não é justo que as pessoas na parte superior estejam ficando mais ricas", diz Stiglitz. "Na verdade, eles estão ganhando, e todo mundo está perdendo ... E agora, estamos pior do que a velha Europa".

domingo, 3 de abril de 2011

Segurança Alimentar no Brasil

Gervásio Castro de Rezende, professor titular da Universidade Federal Fluminense, com mestrado e doutorado em economia pela Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, com linhas de pesquisa sobre crise de alimentos e economia agrária. Cândido Grzybowski, sociólogo com doutorado em Paris e pós-doutorado na Universidade de Londres, um dos coordenadores do Fórum Social Mundial, é diretor executivo do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas, o Ibase.

Entrevista no program TomeCiência apresentado na TV Alerj neste domingo.

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Brasil, maior usuário de agrotóxicos do mundo

Qui, 31/03 - 22h
Brasil, maior usuário de agrotóxicos do mundo


Os perigos do uso indiscriminado desse produto
Agrotóxicos - Caminhos da Reportagem

Programa alerta para os perigos do uso de agrotóxicos e mostra alternativas sustentáveis para a produção de alimentos

O Caminhos da Reportagem desta quinta-feira ( 31), às 22h, aborda o uso de agrotóxicos no Brasil, país que mais consome defensivos agrícolas no mundo, um bilhão de toneladas por ano. A edição mostra que a utilização indiscriminada desse produto vem se tornando um risco para a saúde da população residente em torno das plantações.

A equipe de reportagem visita a maior região produtora de grãos do país, o Mato Grosso. Ali, pesquisadores identificaram essas substâncias no ar, nas águas e até na chuva. Já no Ceará, as plantações de fruticultura, onde o veneno é pulverizado, contaminam a água consumida pela comunidade. Foram encontrados agrotóxicos em excesso também nos alimentos que chegam à mesa do brasileiro.

No programa, especialistas alertam para os perigos do uso e mostram alternativas sustentáveis para a produção de alimentos com mais segurança. E, ainda, propriedades que se dedicam à produção de alimentos orgânicos e experiências desenvolvidas no Brasil como a fabricação de um agrotóxico biológico.

Reportagem Lucas Rodrigues
Edição Conchita Rocha
Finalização Márcio Stuckert

Horário: quinta, Às 22h
Reapresentação: sábado (2), à 0h45.