sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Gás de xisto no Brasil: os problemas que se avizinham
Foto de região com exploração de gás de xisto nos EUA
Na última quinta (5/12), houve uma excelente audiência pública, convocada pela Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, para discutir a exploração de “gás de xisto” no país, cujo pontapé inicial foi dado pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) na semana retrasada, após malandramente dar um “drible da vaca” no Ministério Público Federal (saiba mais).
Diferentemente da audiência ocorrida alguns meses atrás no Senado, esta contou com representantes da área ambiental do governo federal (Ministério do Meio Ambiente e Agência Nacional de Águas), além dos representantes da ANP e da Petrobrás (grande vencedora do leilão da semana retrasada). Contou ainda com representantes da academia e da sociedade civil organizada, o que ajudou a qualificar o debate.
O representante da ANP fez duas correções semânticas ao debate que vem ocorrendo na sociedade. A primeira, de que na verdade se trata de “gás de folhelho”, e não de “xisto”, como vem sendo impropriamente falado por nós, leigos. São duas formações geológicas distintas e todos deveríamos saber disso. O geólogo Luiz Fernando Scheibe, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no entanto, nos tranquilizou: embora seja verdade que a formação na qual será usado o faturamento hidráulico (fracking) no Brasil é o folhelho, o termo “gás de xisto” já se popularizou e não há porque abandoná-lo. O importante é que todos saibamos sobre o que estamos falando.
E foi nesse ponto que a segunda correção semântica trazida pela ANP desperta alguma preocupação. Foi afirmado na audiência que a licitação ocorrida prevê que o ganhador da concessão de cada bloco tem direito (e o dever) à “exploração” do gás de xisto, mas que esse termo, no jargão dos petroleiros, não tem o mesmo significado da linguagem comum. Exploração significaria, na verdade, “pesquisa”. Retirar o gás seria, na verdade, “produção”. Segundo Luciano Teixeira, da ANP, essa exploração é necessária para que tenhamos dados das bacias sedimentares nas quais se localiza o gás de forma a, daqui a uma década, poder decidir-se sobre sua efetiva produção.
Por alguns minutos vários respiraram aliviados: estaríamos, felizmente, fazendo uma tempestade num copo d'agua? Estaríamos apenas na fase de pesquisas, coleta de dados, para tomar uma decisão madura mais adiante? Todos esses bons sonhos desapareceram quando uma questão singela foi feita ao advogado da ANP presente à audiência: se estamos tratando apenas de pesquisa, uma vez encontrado o gás e tomada a decisão de que é possível explorá-lo (ou produzi-lo), terá de haver novo leilão? Não. Então terá de haver uma nova autorização pela ANP para a produção? Sim. Essa autorização pode ser negada pela ANP em função dos riscos ambientais mesmo que exista gás no bloco concedido? Não se sabe.
O fato é que os concessionários ganharam o direito à exploração, desde que exista o gás, obviamente. Não tem nada no edital que diga que eles vão simplesmente fazer pesquisas e levantar dados para, em algum momento do futuro, saber se poderão produzir. O leilão ocorreu como todos os anteriores, na regra vigente: se há gás, é teu e pode usá-lo. Se o edital tivesse tido o cuidado de dizer que, nesse caso, não há direito adquirido, que a produção do gás não convencional está sujeito a outra autorização, futura e incerta, boa parte dos problemas poderiam ter se resolvido. Só que não foi assim. Tanto que o advogado da ANP admitiu que, caso a agência não dê autorização para a produção, os concessionários poderiam ter “algum sucesso” em ações de indenização por lucro cessante. Ou seja: a sociedade pagaria a essas empresas para que elas não colocassem os aquíferos de água em risco!
Esse é apenas um dos riscos que se avizinham, o financeiro. Mas o que assusta mesmo são os riscos ambientais e, consequentemente, sociais. Embora os representantes da ANP e da Petrobrás tenham tentado minimizar os impactos desse tipo não convencional de exploração de gás, eles são óbvios, e muito bem documentados. Foi dito que hoje já se faz fraturamento hidráulico em explorações “convencionais”, para “estimular” a produção, o que tornaria a técnica corriqueira. Só que não foi dito que, nas explorações convencionais, feitas em bolsões de gás, os poços são espalhados em alguns quilômetros de distância um do outro, e duram vários anos no mesmo lugar. Já na exploração do xisto, não só o processo de “estímulo” é muito mais severo, como os poços são muitíssimo mais próximos uns dos outros. E, além disso, como a produção declina em poucos anos (o pico ocorre até o segundo ano), essa é uma exploração itinerante, que precisa se deslocar com frequência, criando uma paisagem como a mostrada na foto abaixo, de uma região em exploração nos Estados Unidos.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
O Prefeito da Cidade do Rio de Janeiro Eduardo Paes, anunciou hoje no Hotel Copacabana Palace, Zona Sul do RJ, que a passagem de ônibus vai aumentar
De acordo com Paes, "A tarifa depende de um modelo matemático que leva em consideração vários fatores. As contas serão feitas, e os valores devem ser anunciados nos próximos 15, 20 dias".
- Segundo especulações, o valor da passagem pode chegar a R$3,05 para o ano que vem.
quinta-feira, 21 de novembro de 2013
Mensalão
Se todo ato jurídico tem como objetivo a imposição da ordem legal e a avaliaçao das consequencias dessa imposição então podemos considerar a punição que sofreram os réus do mensalão de duas formas, a primeira é a punição digamos criminal, que inclui o encarceramento e a perda de direitos políticos com consequencias muito brandas para a sociedade, a segunda punição ou correção, teria que ser aplicada à forma como que o nosso sistema eleitoral está organizado, forma que propicia a ocorrência de mensalões
quinta-feira, 14 de novembro de 2013
CTNBio é alvo de investigação do MPF. Entrevista especial com Anselmo Henrique Cordeiro Lopes
“Preocupa-nos a ausência de dados sobre as interações químicas e biológicas das sementes e herbicidas, bem como sobre os impactos de médio e longo prazo que o consequente aumento do consumo nacional desses herbicidas pode proporcionar”, diz o procurador.
Eu, José Mujica – Presidente do Uruguai
“As pessoas não compram com dinheiro, compram com o tempo que tiveram que gastar para ter esse dinheiro”
- JOSÉ PEPE MUJICA
sábado, 20 de abril de 2013
sexta-feira, 19 de abril de 2013
Tortura Porque Não? de Maria Rita Kehl
O motoboy Eduardo Pinheiro dos Santos nasceu um
ano depois da promulgação da lei da Anistia no Brasil, de 1979. Aos
trinta anos, talvez sem conhecer o fato de que aqui, a
redemocratização custou à sociedade o preço do perdão aos
agentes do Estado que torturaram, assassinaram e fizeram desaparecer
os corpos de opositores da ditadura, Pinheiro foi espancado seguidas
vezes, até a morte, por um grupo de doze policiais militares com os
quais teve o azar de se desentender a respeito do singelo furto de
uma bicicleta. Treze dias depois do crime a mãe do rapaz recebeu um
pedido de desculpas assinado pelo comandante-geral da PM. Disse então
aos jornais que perdoa os assassinos de seu filho. Perdoa antes do
julgamento. Perdoa porque tem bom coração. O assassinato de
Pinheiro é mais uma prova trágica de que os crimes silenciados ao
longo da história de um país tendem a se repetir. Em infeliz
conluio com a passividade, perdão, bondade, geral.
Encararemos os fatos: a sociedade brasileira não está nem aí para a tortura cometida no país, tanto faz se no passado ou no presente. Pouca gente se manifestou a favor da iniciativa das famílias Teles e Merlino, que tentam condenar o coronel Ustra, reconhecido torturador de seus familiares e de outros opositores do regime militar. Em 2008, quando o Ministro da Justiça Tarso Genro e o Secretário de Direitos Humanos Paulo Vannucchi propuseram que se reabrisse no Brasil o debate a respeito da (não) punição aos agentes da repressão que torturaram prisioneiros durante a ditadura, as cartas de leitores nos principais jornais do país foram, na maioria, assustadoras: os que queriam apurar os crimes foram acusados de ressentidos, vingativos, passadistas. A culpa pela ferocidade da repressão recaiu sobre as vítimas. A retórica autoritária ressurgiu com a força do retorno do recalcado: quem não deve não teme; quem tomou, mereceu. Etc. A depender de alguns compatriotas, estaria instaurada a punição preventiva no país. Julgamento sumário e pena de morte para quem, no futuro, faria do Brasil um país comunista. Faltou completar a apologia dos crimes de Estado dizendo que os torturadores eram bravos agentes da Lei em defesa da - democracia. Replico os argumentos de civis, leitores de jornais. A reação militar, é claro, foi ainda pior. “Que medo vocês (eles) tem de nós”.
No dia em que escrevo, o Ministro Eros Graus votou contra a proposta da OAB, de revisão da lei da Anistia no que toca à impunidade dos torturadores. Para o relator do STF, a lei não deve ser revista. Os torturadores não serão julgados. O argumento de que nossa anistia foi “bilateral” omite a grotesca desproporção entre as forças que lutavam contra a ditadura (inclusive os que escolheram a via da luta armada) e o aparato repressivo dos governos militares. Os prisioneiros torturados não foram mortos em combate. O ministro, assim como a Advocacia Geral da União e os principais candidatos à presidência da Republica, sabem que a tortura é crime contra a humanidade, não anistiável pela nossa lei de 1979. Mas somos um povo tão bom. Não levamos as coisas a ferro e fogo como nossos vizinhos argentinos, chilenos, uruguaios. Fomos o único país, entre as ferozes ditaduras latino-americanas dos anos 60 e 70, que não julgou seus generais nem seus torturadores. Aqui morrem todos de pijamas em apartamentos de frente para o mar, com a consciência do dever cumprido. A pesquisadora norte-americana Kathrin Sikking revelou que no Brasil, à diferença de outros países da America latina, a polícia mata mais hoje, em plena democracia, do que no período militar. Mata porque podem matar. Mata porque nós continuamos a dizer tudo bem.
Pouca gente se dá conta de que a tortura consentida, por baixo do pano, durante a ditadura militar é a mesma que assistimos hoje, passivos e horrorizados. Doença grave, doença crônica contra a qual a democracia só conseguiu imunizar os filhos da classe média e alta, nunca os filhos dos pobres. Um traço muito persistente de nossa cultura, dizem os conformados. Preço a pagar pelas vantagens da cordialidade brasileira. “Sabe, no fundo eu sou um sentimental (...). Mesmo quando minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar/ Meu coração fecha os olhos e sinceramente, chora”. (Chico Buarque e Ruy Guerra).
Pouca gente parece perceber que a violência policial prosseguiu e cresceu no país porque nós consentimos – desde que só vitime os sem cidadania, digo: os pobres. O Brasil é passadista, sim. Não por culpa dos poucos que ainda lutam para terminar de vez com as mazelas herdadas de 21 anos de ditadura militar. É passadista porque teme romper com seu passado. A complacência e o descaso com a política nos impedem de seguir frente. Em frente. Livres das irregularidades, dos abusos e da conivência silenciosa com a parcela ilegal e criminosa que ainda toleramos, dentro do nosso Estado frouxamente democratizado.
*“Pesadelo”, de Mauricio Tapajós e Paulo Cézar Pinheiro
Encararemos os fatos: a sociedade brasileira não está nem aí para a tortura cometida no país, tanto faz se no passado ou no presente. Pouca gente se manifestou a favor da iniciativa das famílias Teles e Merlino, que tentam condenar o coronel Ustra, reconhecido torturador de seus familiares e de outros opositores do regime militar. Em 2008, quando o Ministro da Justiça Tarso Genro e o Secretário de Direitos Humanos Paulo Vannucchi propuseram que se reabrisse no Brasil o debate a respeito da (não) punição aos agentes da repressão que torturaram prisioneiros durante a ditadura, as cartas de leitores nos principais jornais do país foram, na maioria, assustadoras: os que queriam apurar os crimes foram acusados de ressentidos, vingativos, passadistas. A culpa pela ferocidade da repressão recaiu sobre as vítimas. A retórica autoritária ressurgiu com a força do retorno do recalcado: quem não deve não teme; quem tomou, mereceu. Etc. A depender de alguns compatriotas, estaria instaurada a punição preventiva no país. Julgamento sumário e pena de morte para quem, no futuro, faria do Brasil um país comunista. Faltou completar a apologia dos crimes de Estado dizendo que os torturadores eram bravos agentes da Lei em defesa da - democracia. Replico os argumentos de civis, leitores de jornais. A reação militar, é claro, foi ainda pior. “Que medo vocês (eles) tem de nós”.
No dia em que escrevo, o Ministro Eros Graus votou contra a proposta da OAB, de revisão da lei da Anistia no que toca à impunidade dos torturadores. Para o relator do STF, a lei não deve ser revista. Os torturadores não serão julgados. O argumento de que nossa anistia foi “bilateral” omite a grotesca desproporção entre as forças que lutavam contra a ditadura (inclusive os que escolheram a via da luta armada) e o aparato repressivo dos governos militares. Os prisioneiros torturados não foram mortos em combate. O ministro, assim como a Advocacia Geral da União e os principais candidatos à presidência da Republica, sabem que a tortura é crime contra a humanidade, não anistiável pela nossa lei de 1979. Mas somos um povo tão bom. Não levamos as coisas a ferro e fogo como nossos vizinhos argentinos, chilenos, uruguaios. Fomos o único país, entre as ferozes ditaduras latino-americanas dos anos 60 e 70, que não julgou seus generais nem seus torturadores. Aqui morrem todos de pijamas em apartamentos de frente para o mar, com a consciência do dever cumprido. A pesquisadora norte-americana Kathrin Sikking revelou que no Brasil, à diferença de outros países da America latina, a polícia mata mais hoje, em plena democracia, do que no período militar. Mata porque podem matar. Mata porque nós continuamos a dizer tudo bem.
Pouca gente se dá conta de que a tortura consentida, por baixo do pano, durante a ditadura militar é a mesma que assistimos hoje, passivos e horrorizados. Doença grave, doença crônica contra a qual a democracia só conseguiu imunizar os filhos da classe média e alta, nunca os filhos dos pobres. Um traço muito persistente de nossa cultura, dizem os conformados. Preço a pagar pelas vantagens da cordialidade brasileira. “Sabe, no fundo eu sou um sentimental (...). Mesmo quando minhas mãos estão ocupadas em torturar, esganar, trucidar/ Meu coração fecha os olhos e sinceramente, chora”. (Chico Buarque e Ruy Guerra).
Pouca gente parece perceber que a violência policial prosseguiu e cresceu no país porque nós consentimos – desde que só vitime os sem cidadania, digo: os pobres. O Brasil é passadista, sim. Não por culpa dos poucos que ainda lutam para terminar de vez com as mazelas herdadas de 21 anos de ditadura militar. É passadista porque teme romper com seu passado. A complacência e o descaso com a política nos impedem de seguir frente. Em frente. Livres das irregularidades, dos abusos e da conivência silenciosa com a parcela ilegal e criminosa que ainda toleramos, dentro do nosso Estado frouxamente democratizado.
*“Pesadelo”, de Mauricio Tapajós e Paulo Cézar Pinheiro
http://www.mariaritakehl.psc.br/resultado.php?id=273
Privatizações
Hora de rever as privatizaçõesMauro SantayanaSe outros efeitos não causar à vida nacional o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., suas acusações reclamam o reexame profundo do processo de privatizações e suas razões. Ao decidir por aquele caminho, o governo Collor estava sendo coerente com sua essencial natureza, que era a de restabelecer o poder econômico e político das oligarquias nordestinas e, com elas, dominar o país. A estratégia era a de buscar aliança internacional, aceitando os novos postulados de um projetado governo mundial, estabelecido pela Comissão Trilateral e pelo Clube de Bielderbeg. Foi assim que Collor formou a sua equipe econômica, e escolheu o Sr. Eduardo Modiano para presidir ao BNDES – e, ali, cuidar das privatizações. Primeiro, houve a necessidade de se estabelecer o Plano Nacional de Desestatização. Tendo em vista a reação da sociedade e as denúncias de corrupção contra o grupo do presidente, não foi possível fazê-lo da noite para o dia, e o tempo passou. O impeachment de Collor e a ascensão de Itamar representaram certo freio no processo, não obstante a pressão dos interessados. Com a chegada de Fernando Henrique ao Ministério da Fazenda, as pressões se acentuaram, mas Itamar foi cozinhando as coisas em banho-maria. Fernando Henrique se entregou à causa do neoliberalismo e da globalização com entusiasmo. Ele repudiou a sua fé antiga no Estado, e saudou o domínio dos centros financeiros mundiais – com suas conseqüências, como as da exclusão do mundo econômico dos chamados “incapazes” – como um Novo Renascimento. Ora, o Brasil era dos poucos países do mundo que podiam dizer não ao Consenso de Washington. Com todas as suas dificuldades, entre elas a de rolar a dívida externa, poderíamos, se fosse o caso, fechar as fronteiras e partir para uma economia autônoma, com a ampliação do mercado interno. Se assim agíssemos, é seguro que serviríamos de exemplo de resistência para numerosos países do Terceiro Mundo, entre eles os nossos vizinhos do continente. Alguns dos mais importantes pensadores contemporâneos- entre eles Federico Mayor Zaragoza, em artigo publicado em El País há dias, e Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia – constataram que o desmantelamento do Estado, a partir dos governos de Margareth Thatcher, na Grã Bretanha, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, foi a maior estupidez política e econômica do fim do século 20. Além de concentrar o poder financeiro em duas ou três grandes instituições, entre elas, o Goldman Sachs, que é hoje o senhor da Europa, provocou o desemprego em massa; a erosão do sistema educacional, com o surgimento de escolas privadas que só servem para vender diplomas; a contaminação dos sistemas judiciários mundiais, a partir da Suprema Corte dos Estados Unidos – que, entre outras decisões, convalidou a fraude eleitoral da Flórida, dando a vitória a Bush, nas eleições de 2000 -; a acelerada degradação do meio-ambiente e, agora, desmonta a Comunidade Européia. No Brasil, como podemos nos lembrar, não só os pobres sofreram com a miséria e o desemprego: a classe média se empobreceu a ponto de engenheiros serem compelidos a vender sanduíches e limonadas nas praias. É o momento para que a sociedade brasileira se articule e exija do governo a reversão do processo de privatizações. As corporações multinacionais já dominam grande parte da economia brasileira e é necessário que retomemos as atividades estratégicas, a fim de preservar a soberania nacional. É também urgente sustar a incontrolada remessa de lucros, obrigando as multinacionais a investi-los aqui e taxar a parte enviada às matrizes; aprovar legislação que obrigue as empresas a limpa e transparente escrituração contábil; regulamentar estritamente a atividade bancária e proibir as operações com paraísos fiscais. É imprescindível retomar o conceito de empresa nacional da Constituição de 1988 – sem o que o BNDES continuará a financiar as multinacionais com condições favorecidas. A CPI que provavelmente será constituída, a pedido dos deputados Protógenes Queiroz e Brizola Neto, naturalmente não se perderá nos detalhes menores – e irá a fundo na análise das privatizações, a partir de 1990, para que se esclareça a constrangedora vassalagem de alguns brasileiros, diante das ordens emanadas de Washington. Mas para tanto é imprescindível a participação dos intelectuais, dos sindicatos de trabalhadores e de todas as entidades estudantis, da UNE, aos diretórios colegiais. Sem a mobilização da sociedade, por mais que se esforcem os defensores do interesse nacional, continuaremos submetidos aos contratos do passado. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo.*Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.Enviada por Olavo Carneiro.
Poluição
Ao observarmos as
desgraças provocadas pela poluição, resultado da ação direta do
homem, não conseguimos evitar de sofrer por nos sentirmos culpados
pelos danos que provocamos. Logo é natural que procuremos diminuir
nossa dor, diminuindo a poluição.
A primeira pergunta que
temos que fazer é porque praticamos ações poluentes. A poluição
pode ter começado em pequena escala, a tecnologia apesar de suja,
dava prazer e satisfação a um pequeno grupo, os danos em escala
global quase não eram sentidos. Os grupos que se beneficiavam do
comércio ligado a essas atividades poluentes começaram a se
enriquecer, a ganhar poder, suas ações se ampliavam. As empresas se
aliaram aos governos, aos meios de comunicação, apregoavam as
vantagens de todo o público consumidor participar dessa onda
tecnológica, apesar de nos envenenar.
Hoje vivemos assim.
Mas a nossa consciência
continua sofrendo, sabendo que somos os responsáveis diretos pelos
males que são causados como consequência da poluição e de
atividades econômicas predatórias.
Mas a nossa consciência
vive uma contradição, nos lembra a todo momento que de alguma forma
nos beneficiamos desse modelo predatório poluidor. Que de alguma
maneira continuamos contribuindo para que a situação continue
assim.
Esperar que a dor
provocada pela poluição se torne insuportável é deixar que seja
tarde demais para fazer alguma coisa. Mudar nossos hábitos,
encontrar coletivamente uma saída é necessário para nos livrar
desse sofrimento causado pela poluição.
Chavez
24/09/2010 - 17:09
Jornalistas, ONGs e partidos venezuelanos na lista
de pagamento dos EUA
Documentos revelados graças à Lei de Livre
Informação (Foia) provam que a secretária de Estado dos EUA
canaliza, subterraneamente, milhões de dólares por ano a
jornalistas e veículos de comunicação da Venezuela, pelo menos,
nos últimos três anos.
O "financiamento" desta informação
constitui parte integrante do programa total de "investimentos",
totalizando US$ 40 bilhões, a grupos contra o governo e contra o
Processo Bolivariano.
Exemplo característico, o Instituto Nacional para
a Democracia (National Endowment for Democracy), que entregou US$ 1,8
milhão às oposições, enquanto as organizações estudantis
receberam 1/3 dos últimos US$ 6 milhões, fornecidos pelo Serviço
dos EUA para o Desenvolvimento Internacional (Usaid).
A liberação das verbas é feita diretamente pela
Secretaria de Estado e pela Usaid, enquanto os documentos provam que,
durante o período 2007-2009, o desconhecido Escritório de
Democracia, Direitos Humanos e Trabalho (da Secretaria de Estado)
pagou pelo menos US$ 4 milhões a jornalistas da Venezuela, Nicarágua
e Bolívia, por intermédio da Pan-American Development Foundation
(PADF), com sede em Washington, que atua na América Latina desde
1962.
Ligações escondidas
Até o momento, somente documentos que revelam a
"cooperação" de jornalistas venezuelanos foram liberados,
os quais comprovam que a PADF, em cooperação com a MKO da Venezuela
- ligada à oposição - recebeu US$ 700 mil para pagar "salários
de cooperação" a jornalistas e financiar "programas
jornalísticos educativos".
A propósito, a Secretaria de Estado dissimula,
sistematicamente, seu papel de financiador dos veículos de
comunicação e dos jornalistas da Venezuela que, indiscutivelmente,
constituem uma das mais fortes armas da oposição contra o
presidente Hugo Chávez e o Processo Bolivariano.
Apesar do fato de que o total dos US$ 700 mil
exigidos por escrito pela Secretaria de Estado, a fim de serem postos
à disposição da PADF, não parecer astronômico, os grandes
volumes de recursos têm sido usados - de forma estratégica - na
aquisição de veículos de comunicação da Venezuela, cujos
jornalistas foram substituídos por outros, jovens, operações estas
conseguidas com a cooperação das ONGs da oposição, algumas das
quais concentradas dentro dos veículos de comunicação.
Entretanto, nenhuma organização revela sua
ligação com a Secretaria de Estado e, em seus sites oficiais, se
auto-intitulam organizações sem fins lucrativos e organizações
políticas não governamentais, independentes, autônomas e sem
ligação com partidos políticos, instituições religiosas,
organismos internacionais e governos estrangeiros.
Aliança com EUA e UE
A revelação do financiamento dos veículos de
comunicação e dos jornalistas da Venezuela pelos EUA confirma
relatório divulgado em maio deste ano pela organização européia
FRIDE, com sede
na Espanha, o qual revela que desde 2002 os EUA investiram cerca de
US$ 6 milhões anuais "em projetos com partidos políticos e
veículos de comunicação da Venezuela".
Mas, conforme revela o relatório da Fride (a qual
não simpatiza com o Governo Chávez, caracterizando-o como
"semi-autoritário"), "não são somente os EUA que
canalizam rios de dinheiro aos "contras" da Venezuela, mas,
também, a União Européia (UE), em busca da restituição do
"regime democrático representativo na Venezuela".
Ainda, de acordo com o mesmo relatório, "EUA
e UE enviam anualmente cerca de US$ 50 milhões aos partidos da
oposição venezuelana Primero Justicia, Un Nuevo Tiempo, Copei e,
naturalmente, veículos de comunicação e organizações estudantis.
Especificamente, a UE canaliza ainda cerca de 6 a
7 milhões de euros aos partidos políticos da oposição,
organizações não governamentais e veículos de comunicação.
Paralelamente, organizações européias, principalmente alemãs,
como o Instituto Neoliberal Konrad Adenauer (KAS) e o Instituto
Social-Democrata Friedrich Ebert (Oldis-FES), proporcionam
financiamentos extras aos partidos políticos, de oposição,
obviamente.
O relatório da Fride conclui revelando que "a
UE funciona como canal
intermediário para a triangulação do
financiamento dos EUA, com objetivo de evitar que sejam reveladas as
manobras do Governo dos EUA e seu estigma, por usar crua intervenção
nos assuntos internos da Venezuela".
Pedro Belasco
Sucursal do Caribe.
Guillermo Martinez
Correspondente.
28/09/2010 - 21:09
Estado deveria bancar mídia alternativa
O professor Marcos Dantas, do departamento de
Comunicação Social da PUC-RJ e integrante do Fórum Mídia Livre,
confirma que existe, sim, influência do Departamento de Estado
norte-americano e da União Européia no financiamento de agendas e
pautas da mídia venezuelana com o intuito de desestabilizar o
governo do presidente Hugo Chávez e seu Processo Bolivariano,
conforme publicou o MM, em sua página Internacional, na edição do
último final de semana.
Dantas, no entanto, considera que, pior do que a
intromissão externa, é o recrutamento de jornalistas na classe
média pela mídia burguesa local.
"Esses profissionais têm os mesmos valores
dos donos do jornal. Não é preciso do dinheiro do Pentágono para
fazê-los pensar como a elite", ponderou, em entrevista ao MM.
"Para tais repórteres, não dói fazer e dizer o que o patrão
quer", completou.
Diante disso, ele considera ser papel do Estado o
financiamento de uma mídia alternativa, que não expresse apenas os
interesses da elite e da classe média alta.
"Chávez banca uma rede de rádios
alternativa e fortaleceu a TV pública. Os conservadores chamam isso
de autoritarismo, mas nós também podemos chamá-los de imprensa
burguesa", ponderou.
Quanto ao Brasil, Dantas não compreende porque o
governo, além de não seguir o exemplo do presidente venezuelano,
ainda continua destinando polpudas verbas publicitárias a
publicações nitidamente oposicionistas.
"Na América Latina existe grande
concentração no setor de comunicações e, no Brasil, a situação
é ainda mais grave, pois não existe limite à propriedade cruzada -
um mesmo proprietário pode ter jornais, redes de TV, editoras,
rádios, etc. Mas, pior que a concentração física é a
concentração ideológica", arrematou.
Brasil x Grécia
Aqui como na Grécia,
num momento de abundância internacional de recursos financeiros,
recursos fictícios, resultado da promessa de rendimentos com
investimentos sem garantia, nossos mais desenvolvidos países
vizinhos impuseram um padrão de consumo globalizado que nos obriga a
tomar emprestado esses mesmo recursos para conseguir manter esse
elevado padrão de consumo. Uma vez que caímos na realidade, que os
recursos, ou a promessa de ganhos em aplicações fictícias, que
produziriam esses recursos, secaram, nos encontramos consumindo
caviar, enquanto deixamos de produzir o arroz com feijão que nos
alimentaria em todos os momentos. Até o arroz com feijão ficou
muito caro.
Gestão Ambiental
Podemos praticar
algumas ações pontuais de combate a poluição, como a separação
do lixo para reciclagem, e também ensinar outras pessoas a
praticarem praticarem ações que ajudem a diminuir os efeitos da
poluição ambiental. No meu entender, essa ações tem efeito
restrito, limitado, porque estamos sujeitos a condicionantes
ambientais que estão fora do alcance das nossas decisões.
Essas ações, na
verdade, contribuem para a continuação e até mesmo o aumento da
poluição, torna a poluição mais suportável, uma vez que
conseguimos diminuir seus efeitos danosos sobre a vida.
A poluição contra a
qual podemos ter algum controle é a que é o resultado das ações
humanas, ações que tem contribuído a tornar o meio ambiente
ameaçador a vida humana.
A justificativa para
que continuemos a poluir, é que se interrompermos as atividades
poluentes, os efeitos da falta dos produtos que essas atividades
produzem seria pior para apopulação do que a poluição causada
pela produção desse bens para a população.
Somos levados a
acreditar que se não pudermos consumir esses produtos, na quantidade
e na forma como são produzidos, não conseguiremos viver felizes,
por isso temos de aceitar a situação poluente.
O que nos leva a
acreditar que estamos num impasse, e que não temos saída, são
principalmente as escolas, a academia e a propaganda, financiadas
pelas mesmas empresas e instituições que se beneficiam de forma
imediata do aumento da poluição, só de forma imediata, porque a
médio e longo prazo todos perdemos. Quem nos convence de que a
poluição é bom negócio, são pessoas que são pagas para
acreditar que nada pode ser feito contra.
A briga pelo meio
ambiente começa pela democratização e socialização dos meios de
produção, só numa economia onde os recursos produtivos estejam sob
o controle da maioria da população, que vai investir na produção,
para depois se beneficiar e ao mesmo tempo sofrer com os
inconvenientes da produção, é que estaremos seguros de que a
poluição, consequência da forma de produção adotada, mesmo se
não puder ser evitada, pelo menos terá a cumplicidade da maioria.
Dívida do Brasil
Maria Lucia Fatorelli
economista, coordenadora da http://www.divida-auditoriacidada.org.b Auditoria
Cidadã da Dívida no http://www.programafaixalivre.org.br/?id=1073 Programa
Faixa Livre de 09/08/2011.
Vivemos numa grande
desinformação … o monopólio da midia no nosso país anestesia o
povo …. Hoje quando falamos da dívida, as pessoas falam –
espere, mas a dívida não acabou? As pessoas acham que desde que o
Brasil em 2005 efetuou pagamento adiantado ao FMI de 15,5 bilhões de
dólares as pessoas acreditam que a dívida acabou. Poucos
brasileiros sabem que a dívida interna, que na verdade não é
interna, porque está em grande parte em mãos de estrangeiros, a
dívida pública hoje está em quase 2,5 trilhões de Reais, e se
somarmos a dívida externa está 3,5 trilhões de Reais. A nossa
dívida já está em quase 70% do nosso PIB que é de um pouco mais
de 4 trilhões.
O grande problema é
que pagamos o maiores juros do mundo, uma grande transferência
constante de riqueza do setor público para setor privado. É como se
cortássemos um ser, no caso nós mesmos, e ficássemos sangrando
....
Os bancos estrangeiros
fazem transferências virtuais de dólares para o Brasil, o BC enxuga
essas moedas e entrega em troca títulos da dívida brasileira que
paga 12% ao ano, depois o BC aplica esses valores em títulos da
dívida americana, que não paga nada. A um custo altíssimo o povo
brasileiro está financiando a economia em crise americana.
Grécia x Argentina
Segundo MARK WEISBROT
economista que tem comentado as políticas do FMI para o jornal The
Guardian, a Grécia vai entrar em moratória de qualquer maneira,
aprove ou não o congresso grego, as medidas de punição do país,
que o governo grego, refém dos bancos, quer ver implementadas. Essas
medidas não servem para iniciar nenhum processo de recuperação, ou
salvamento da economia de nenhum país, só vai faz com que sua
economia piore. Essas medidas são as mesmas do receituário que os
liberais, inicialmente representados pelo Fernando Henrique, mas que
o governo do PT continuou e continua fazendo aqui, privatizações,
diminuição dos benefícios dos trabalhadores e redução do
governo. O economista citou a caso da Argentina, que entrou logo na
moratória, mas que agora sua economia cresce exemplarmente sem ter
que fazer concessões aos credores gananciosos.
Agrotóxicos
Não acreditei quando o
entrevistado da Embrapa usou o caos das cidades para justificar a
ganância do agronegócio. Completamente desconectado da realidade
esse cidadão. A monocultura extensiva só se mantêm com o uso de
grandes quantidades de agrotóxicos e caríssimos fertilizantes
químicos. Então, pelo que eles diz, nós só nos alimentamos por
causa das técnicas desastrosas do agronegócio, que temos que nos
envenenar e nos endividar para comer, que temos que comer veneno e
dívidas?
Nosso ilustre
entrevistado confirma que estamos num trem sem freio e descarrilhado
em direção ao abismo.
É ideologia estúpido!
A única coisa
verdadeiramente surpreendente sobre a crise financeira de 2008 foi
como a crise foi facilmente aceita, e foi aceita a ideia de que seus
acontecimentos foram uma surpresa imprevisível que atingiu os
mercados vindos do nada. Quem não se lembra das demonstrações que,
através da primeira década do novo milênio, acompanharam
regularmente os encontros do FMI e do Banco Mundial: os ataques dos
manifestantes eram não só motivados pelos costumeiros motivos anti
globalização (a crescente exploração dos países do Terceiro
Mundo, e tudo isso), mas também como os bancos estavam criando a
ilusão de crescimento através do jogo com dinheiro ficcional, e
como isso teria que terminar num desastre. Não foram somente os
economistas tais como Paul Krugman e Joseph Stiglitz quem advertiram
sobre os perigos afrente e deixaram claro que aqueles que prometiam
crescimento continuado não entendiam verdadeiramente o que estava
acontecendo debaixo dos seus narizes. Em Washington em 2004, tanta
gente se manifestou contra os perigos de um desastre financeiro que a
polícia teve que mobilizar 8.000 policias locais adicionais e ainda
trazer mais 6.000 de Maryland e Virginia. O que aconteceu foi, gás
lacrimejante, bastonadas e prisões em massa – tantos que a polícia
teve que usar ônibus para o transporte. A mensagem foi alta e clara,
e a polícia foi usada literalmente para matar a verdade.
Humanidade
Queremos viver uma
realidade que incentive a participação e que consiga dar condições
dignas de vida para todos. É das necessidades de todos que serão
eleitas as políticas voltadas para o estímulo da produção
voltadas para o atendimento dessas necessidades. Precisam ser feitas
escolhas de priorização dos investimentos na formação de pessoal
e equipamento da produção.
Se acreditamos no
homem? Se acreditamos na capacidade humana de antecipar-se, de prever
as necessidades futuras? Se acreditamos que somos capazes? Temos que
mudar o rumo da economia para que ela consiga diminuir as injustiças
sociais.
Atualmente, cada um
procura consumir e acumular o máximo de recursos, sem se importar
com nada. Os que defendem esta liberdade, afirmam que o efeito dessa
acumulação irá beneficiar a todos, ao permitir maior poder de
compra dos bem sucedidos, ou um aumento da disponibilidade de
investimentos na produção com os excedentes dos recursos
acumulados. Mas isso não tem acontecido.
Democracia
Depois de 1964, o nosso
processo de restabelecimento das liberdades democráticas prometia
melhorias de serviços, do bem estar da população, melhorias da
seguridade social, econômica, cultural, e da soberania do país,
metas que ficamos muito longe de atingir. Esse fracasso põe em
questão essa ideia de democracia representativa ao estilo ocidental
baseada em eleições cada vez mais controladas pelo dinheiro onde os
políticos que saem dessas eleições como nossos representantes,
esmagadoramente, não vão para as casas legislativas ou para o
executivo para defender o interesse do povo mas sim para defender os
interesse de quem os financia.
Previdência Social
O orçamento da união,
do Brasil, é dividido em 3 partes, orçamento do tesouro, orçamento
da seguridade social e orçamento das estatais. O déficit da
previdência não existe quando se considera esses orçamentos. O que
se chamado de déficit da previdência só aparece quando se compara
a despesa da previdência, a despesa como o pagamento de todos os
benefícios da previdência com a arrecadação obtida somente com a
contribuição dos empregados e dos empregadores. Essa comparação é
uma invenção, porque quando se pensou em financiar a seguridade
social, incluída nessa a previdência social, foram
constitucionalmente definidas as fontes de receita desse
financiamento. O financiamento é feito com:
- receitas dos empregados e empregadores;
- contribuição social sobre o lucro líquido das empresas;
- contribuição para o financiamento da seguridade social COFINS.
As despesas da
seguridade social são:
benefícios da
previdência, assistência social, transferência de renda como o
bolsa família e saúde, todas essas despesas são custeadas pelo
orçamento da seguridade social.
No orçamento da
seguridade social, as receitas são superiores as despesas
´proporcionando superávits anuais, que é usado na verdade para
pagar juros. Ajuda a pagar o rombo da política monetária produzida
pelo governo.
O superávit da
seguridade social tem se repetido ano a ano.
Os governos reféns do
poder econômico criam um mal estar na sociedade atacando a
previdência social pública, afirmando mentirosamente que as
despesas da previdência pública são maiores que as receitas que a
financiam. Esses políticos indisfarçadamente atacam a previdência
pública porque estão presos a ambição de se perpetuarem no poder,
assim querem propiciar mais lucros ainda aos aos bancos, donos dos
planos de previdência privada, mesmos bancos que fazem gordas
contribuições para as campanhas desses políticos.
A história do país tem sido a de manter no poder
um pequeno grupo de ricos privilegiados em parceria com seus
companheiro internacionais. Esse grupo tem mantido brutal
desigualdade, particularmente em termos de riqueza, poder político,
e tem atuado contra os desafios democráticos. Se a maioria pobre
fosse capaz de formar um movimento político, exigiriam mudanças
politicas e sociais radicais. Como conter este tipo de mobilização?
A principal estratégia tem sido a de desviar as
questões políticas do próprio campo político e colocá-las num
tipo de território militar, onde você pode enquadrar estas questões
em termos de segurança, como crime, problemas que basicamente não
podem ser resolvidos por um governo, pela política, mas pelo
exército. E esta tem sido a principal orientação da situação
política do Haiti e o Brasil não está muito diferente.
Mantemos no poder um pequeno grupo de ricos
privilegiados parceiros de seus companheiros estrangeiros. Esse grupo
mantem a brutal desigualdade em riqueza, poder político e contra a
democracia. Só a maioria pobre pode exigir mudanças sociais e
políticas radicais. Esse grupo tem conseguido desviar as questões
políticas do campo político para o da segurança.
O história do Brasil tem sido a de manter no
poder um pequeno grupo de ricos privilegiados em parceria com seus
companheiros internacionais. Esse grupo tem mantido brutal
desigualdade, particularmente em termos de riqueza e poder político,
e tem atuado contra os desafios democráticos.
Se a maioria pobre fosse capaz de formar um
movimento político, exigiriam mudanças politicas e sociais
radicais. Para conter essa mobilização os ricos tem adotado a
estratégia de desviar as questões políticas do próprio campo
político e colocá-las num tipo de território militar, onde estas
questões são enquadradas em termos de segurança, como crime,
problemas que basicamente não podem ser resolvidos por um governo,
pela política, mas pela polícia.
Esta tem sido a principal orientação da política
do Brasil.
O que é um crime
cibernético?
As atividades online
são também vulneráveis ao crime e podem comprometer a segurança
pessoal tão seriamente quanto os crimes comuns de todo dia.
Legisladores, polícia, e indivíduos precisam saber como se proteger
e proteger as pessoas sobre as quais eles tem responsabilidade. Você
pode constatar pelas descrições abaixo de vários crimes
cibernéticos que estes crimes tem existido muito antes que os
computadores e a Internet estivessem disponíveis para o público em
geral. A única diferença são as meios usados para cometer o crime.
Tipos de Crimes
Cibernéticos
Roubo por Ameaça –
Ameaçando a vida de uma pessoa, as vidas dos seus familiares ou
pessoas cuja a segurança eles sejam responsáveis (tais como
empregados ou comunidades) através do uso de uma rede de
computadores tal como Correio Eletrônico, vídeos ou telefones.
Pornografia Infantil –
O uso de redes de computadores para criar, distribuir, fazer acesso
materiais que exploram sexualmente crianças menores.
Contrabando Cibernético
– Transferência de itens ilegais através da Internet (tal como
tecnologia de encriptação) que é banida em alguns locais.
Lavagem Cibernética –
Transferências eletrônicas de montantes obtidos ilegalmente,
conseguindo evitar a fonte e possivelmente a destinação dessas
transferências.
Vigilância Cibernética
– Ameaças físicas expressas ou implícitas que provocam o medo
através do uso de tecnologia computacional tais como correio
eletrônico, mensagens de texto, webcams ou vídeos.
Terrorismo Cibernético
– Violência premeditada, geralmente politicamente motivada
perpetrada contra cidadãos através do uso de, ou com a ajuda de,
tecnologia computacional.
Roubo Cibernético –
Usar um computador para roubar. Inclui atividades de: arrombamento e
invasão, envenenamento do cache do DNS,
Celso Daniel
Segundo Bruno Daniel,
irmão de Celso Daniel, ex prefeito de Campinas do PT assassinado, no
Programa Faixa Livre desta 2a feira dia 14/5/2012, o Ministério
Público MP deve manter as suas prerrogativas de investigação, para
ele o trabalho do MP é importante e fundamental para a democracia.
Chama o MP de advogado do povo. Para Celso Daniel o MP tem mostrado a
sua importância para investigar e indiciar com independência
aqueles que são ligados aos poderes político e econômico. Quem não
quer investigar por exemplo a polícia? O MP tem condições de
fazê-lo. Ressalta que isso é fundamental para a democracia.
Continua dizendo que o
MP conseguiu estruturar um corpo de funcionários públicos altamente
competentes. Quem não quer investigar pessoas com muito poder
político e econômico? O MP tem condições de fazê-lo porque goza
de uma razoável autonomia. Dar formação contínua a esses
funcionários seria altamente importante.
Sobrevivência
Á nossa sobrevivência depende da sustentabilidade da vida no planeta. O estado de sustentabilidade da vida na terra acontece quando a vida na terra acontece sob condições que permitam a sua reprodução infinita.
É importante definir e eleger quais são as condições que a vida tem que obedecer para favorecer a este estado de equilíbrio da vida no planeta.
Ninguém sabe ainda quais são essas condições. As necessidades se alteram conforme mudam os hábitos e a quantidade de pessoas que habitam a terra. Sabemos, sentindo na pele, quais são as condições prejudiciais ao equilíbrio da vida no planeta, e fazemos muito pouco para evitar esses prejuízos.
Comparar a vida equilibrada com o meio ambiente com pobreza, é no mínimo preconceituoso, pois ninguém é pobre por que quer. Se alguém é pobre, ou não sabe que é pobre, e portanto é feliz, ou é vítima da violência da exploração econômica.
Essa comparação também revela o apego a bens materiais e condiciona a felicidade a obtenção desses bens. Afirmar que viver em equilíbrio sustentável com a natureza é pobreza, e desprezar essa condição, é descartar, talvez, a única esperança que teríamos de sobreviver.
A Ganância e a Crise do Capitalismo
A ganância, exemplificada pela lógica das empresas de aumentar o
lucro, aumentando as vendas a qualquer preço, impõe um sistema que
celebra o consumo, uma cultura na qual o sucesso pessoal só é
medido pelo patrimônio acumulado.
Na corrida desenfreada das empresas para aumentar as vendas, as
empresas se dispõem a correr todos os riscos, aceitando condições
cada vez mais arriscadas para vender seus produtos. Para atrair mais
pessoas, sem controle nenhum sobre as condições dos financiamentos,
as financeiras emprestam à um número cada vez maior de pessoas , e
propõem um alongamento cada vez maior dos prazos de financiamento.
Quando você tem mais devedores por mais tempo, as chances de que
você deixe receber de volta esses empréstimos concedidos é cada
vez maior. É preciso notar que, quando financio a aquisição de um
bem, vou acabar pagando por ele muito mais do que o valor que este
bem vale hoje, meu credor espera receber este valor a mais quando eu
terminar de pagar, se paro de pagar, o prejuízo será ainda maior
por causa da expectativa irreal criada pelos financiadores, de
receber além do custo real do bem financiado. Se esses calotes
aumentam, acabamos sem valor suficiente na economia real para
compensar os prejuízos previstos na economia virtual.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013
Entrevista com Carlos Estellita-Lins
Suicídio é uma dor silenciosa
Envolto por uma dor extremamente silenciosa, o suicídio é algo carregado de preconceito e estigma. No século 20, o filósofo existencialista Albert Camus classificava-o como “o único tema filosófico realmente sério”, no livro O Mito de Sísifo.
No Brasil, o suicídio começa a ser considerado um problema de saúde pública e chama atenção pelo crescimento: o número de suicidas no país passou de 4,2 para 4,9 em cada 100 mil habitantes na população de todas as idades, e de 4,4 para 5,1 a cada 100 mil jovens entre 1998 e 2008.
Entrevista
Envolto por uma dor extremamente silenciosa, o suicídio é algo carregado de preconceito e estigma. No século 20, o filósofo existencialista Albert Camus classificava-o como “o único tema filosófico realmente sério”, no livro O Mito de Sísifo.
No Brasil, o suicídio começa a ser considerado um problema de saúde pública e chama atenção pelo crescimento: o número de suicidas no país passou de 4,2 para 4,9 em cada 100 mil habitantes na população de todas as idades, e de 4,4 para 5,1 a cada 100 mil jovens entre 1998 e 2008.
Entrevista
Assinar:
Postagens (Atom)