Nos Estados Unidos EUA o debate sobre os rumos do seu Banco Central, Federal Reserve ou FED foi enriquecido com a contribuição de Matt Stoller que escreveu que precisamos terminar “... nosso namoro com o mito tecnocrático conservador da independência monetária, e parar de ver o FED como um ator legítimo. E que pelo menos, nos precisamos começar a enfrentar que essas pessoas de fato governam o país, e não deveriam.” O mesmo comentário se aplica ao caso brasileiro.
O papel dos FED foi questionado no último salvamento das instituições financeiras. No pano de fundo dessa discussão está a política de revisão das causas de corrupção institucional do governo.
Numa entrevista ao TheRealnews Matt Stoller afirmou que na última crise o FED destinou US$ 9 trilhões para os grande bancos, grandes bancos estrangeiros, fundos de investimentos, grandes corporações, os ricos, o que preveniu a depressão na classe alta e não para ninguém mais.
A atuação divulgada do Banco Central de combater a inflação esconde o seu verdadeiro objetivo de controlar o emprego, garantir que haja desemprego suficiente. Baixo desemprego é inflacionário porque cria maior demanda por maiores salários. O Banco Central quer controlar salários. O presidente do FED de Dallas no Texas, Richard Fisher se queixava em 2005 que os portos americanos não eram suficientes para receber todos os produtos chineses que queriam ir para os EUA. E ele estava decepcionado porque se conseguisse importar todos os produtos chineses, então teríamos que produzir esses produtos aqui e isso iria provocar aumentos de salários nos EUA. O cara queria fazer tudo na China porque ele pensava que isso iria reduzir os salários aqui.
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