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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Não acredite nos exageros sobre a dívida dos Estados Unidos

Sally Kohn diz que aumentar a dívida é uma boa ideia. O vice presidente Joe Binden se encontrou com os negociadores congressuais na última quarta-feira para discutir formas de restringir o déficit federal e permitir novos empréstimos depois de 2 de agosto, o dia que se espera que o governo dos Estados Unidos atinja o limite de endividamento de US$ 14,3 trilhões. Os democratas querem restringir o déficit federal através da aprovação de novas taxas e a eliminação de muitas isenções de taxação. Enquanto os republicanos pediram mais acentuadas reduções de gastos e nenhumas novas taxas.
Para ilustrar esse debate sobre como restringir o déficit público, Democracy Now! Recentemente falou com Sally Kohn, autora do artigo de 24 de maio na US Today, “Não acredite nos exageros sobre o endividamento dos Estados Unidos.”
Juan Gonzalez O vice presidente Joe Biden se encontrou com negociadores do congresso na última quarta-feira para discutir formas de restringir o déficit público e permitir novos empréstimos depois de 2 de agosto, o dia que os Estados Unidos atinja o limite de endividamento de US$ 14,3 trilhões. Os democratas querem restringir o déficit federal através da aprovação de novas taxas e a eliminação de muitas isenções de taxação. Enquanto os republicanos pediram mais acentuadas reduções de gastos e nenhumas novas taxas.
Amy Goodman Nós estamos com Sally Kohn. Ela é uma organizadora comunitária, uma comentarista política, fundadora e autoridade chefe de educação do Movement Vision Lab. E ela escreveu um artigo, um artigo muito interessante, na US Today intitulado “Não acredite nos exageros sobre a dívida dos Estados Unidos.”
Bem, o que você tem a dizer sobre o endividamento?
Sally Kohn Você sabe, este é o tempo que nós teríamos que nos preocupar com outras coisas em vez de com os gastos públicos. Eu quero dizer, que o que acontece é que as grandes empresas estão com níveis recordes de capital. Elas não o estão gastando. Existem novas notícias sobre isso, se não for o caso, elas não estão gastando em empregos, elas não estão gastando em novos, você sabe, equipamentos fabris. Então o problema é, nessa situação, goste ou não, o governo é o último investidor a que recorrer. E a ironia disso tudo , quando alguém diz, “Bem, o governo deveria estar apertando seu cinto, assim todos vão acabar apertando,” você sabe, nós deixamos as grandes empresas – nós realmente encorajamos as grandes empresas nesse país a pegar empréstimos e manter razões de endividamento as vezes 3, as vezes 4, 14, 50 vezes maiores que o governo.
AG Dê-nos exemplos.
SK Você sabe, Boieng, IBM, JPMorgan, JPMorgan tem uma razão entre receita e dívida de 50 para um. O governo dos Estados Unidos? Um para um. Então, porque este endividamento é bom para as empresasa privadas, para bem sucedidas empresas privadas, assim elas podem investir no futuro dos seus negócios, mas não é bom para o governo, especialmente num tempo de receitas de taxas anêmicas, porque que nós temos que cortar as taxas, entre outras coisas, e porque que a economia está se arrastando? Porque nós não devemos usar o governo para investir no futuro do nosso país e no futuro de nossa cidadania?
JG E o argumento dos republicanos, que o déficit está muito alto, agora é hora de cortar gastos?
SK Você sabe, veja, duas coisas. Primeiro de tudo, longo prazo? Você sabe, esta é um conversa de curto e longo prazo. No longo prazo, você tem que fazer alguma coisa sobre o déficit. Mas a forma de corrigi-lo não é começando a cortar gastos agora que irá crescer e recuperar a economia. O que nós temos que fazer – de novo, goste ou não – é pegar dinheiro emprestado, usar o governo como o último investidor a recorrer, e investir na economia, de tal forma que a façamos crescer, de tal forma que no futuro nós teremos reduzido o endividamento. Mas um outro aspecto aqui é que, veja, você sabe, esta é uma agenda ideológica de longo prazo, e lese estão reusando o déficit para encobrir a pressão por cortes no governo que eles sempre quiseram fazer. É por isso que 70% do orçamento republicano não vai na verdade para pagar o déficit, aponta para mais cortes nas taxações dos ricos.
Democracy Now! Não acredite nos exageros sobre a dívida dos Estados Unidos

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