Entrevista Noam Chomsky
O Ocidente fará de tudo para impedir o surgimento de democracias no mundo árabe
Os EUA, com Somoza, Duvalier, Suharto [ex-ditadores da Nicarágua, Haiti e Indonésia, respectivamente] e outros. Apoiam um ditador até o fim, até que fique impossível sustentá-lo e, depois passam a dizer “sim, somos contra as ditaduras, adoramos a democracia, sempre lutamos pela liberdade”. No final, tenta- se restabelecer a situação original. aconteceu muitas vezes .
domingo, 31 de julho de 2011
domingo, 24 de julho de 2011
Elitisação, aburguesamento
A obrigação de rotorno lucrativo dos investimentos públicos privatisados, dinheiro dos impostos, que todos nós pagamos, que está sendo entregue com garantias para que as empresas privadas obtenham altos lucros, e sem contrapartidas para quem precisa. Nossa riqueza está sendo distribuída para que os ricos afastem das grandes cidades os mais pobres. Esses celebrados fenômenos de desenvolvimento urbano são na verdade processos de aburguesamento das vizinhanças, que só tem servido para afastar e tornar ainda mais precária a vida dos mais desfavorecidos. É esse o papel que o dinheiro público tem que desempenhar, que nós queremos que ele sirva?
Glen Ford em Not a Word About Gentrification as Black Urban Population Declines esse processo está em curso em todo os Estados Unidos. Estamos vendo a mesma coisa aqui, na nossa preparação pros chamados grandes eventos, copa e olimpíada.
Glen Ford em Not a Word About Gentrification as Black Urban Population Declines esse processo está em curso em todo os Estados Unidos. Estamos vendo a mesma coisa aqui, na nossa preparação pros chamados grandes eventos, copa e olimpíada.
sexta-feira, 15 de julho de 2011
José Saramago - Falsa Democracia
José Saramago - FALSA DEMOCRACIA
As Decisões mais importantes não são tomadas democraticamente, então porque falar em democracia?
As Decisões mais importantes não são tomadas democraticamente, então porque falar em democracia?
Aprendemos com o Erro que está Certo ou Errado
O que valorizamos mais, o acerto errado ou o erro errado? Com o que aprendemos mais, com os desvios errados, ou com os acertos, burros? Se aprendemos mais com os acertos, estamos errados, deveríamos estar procurando mais pelos erros, esses é que estão certos, nos ensinam muito mais. Mas, para muitos, reconhecer que estamos errados, é absurdamente prejudicial. Estou errado, papel e tinta, pixels e teclado aceitam qualquer coisa.
Nelson Rodrigues - a uninimidade é burra.
Max Weber - a sociedade sem contestação está morta.
Nesse sentido, a educação nos liberta quando é autônoma, não é previsível, não condiciona.
Erro errado = acerto. Embora não sirva para provar o acerto, serve para reforçar o acerto.
Erro certo = erro.
Acerto errado = erro.
Acerto certo = acerto.
Nelson Rodrigues - a uninimidade é burra.
Max Weber - a sociedade sem contestação está morta.
Nesse sentido, a educação nos liberta quando é autônoma, não é previsível, não condiciona.
Erro errado = acerto. Embora não sirva para provar o acerto, serve para reforçar o acerto.
Erro certo = erro.
Acerto errado = erro.
Acerto certo = acerto.
Sabedoria, discordar, aceitação mas subvertido
Marcos Bagno, no seu último artigo da Caros Amigos, no. 172, expõe a aflição, as desfeita, descaso, progresso das ciência, conhecimento, descasada da fala, imposição. Concordância posterior, anterior, por contágio, contaminado. Fundamental para avançarmos, e ser aprovado ao ser reprovado na aula de "regras", "norma" da fala português.
Não adianto, adianta?
Não adianto, adianta?
quinta-feira, 7 de julho de 2011
CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL: SOCIEDADE CIVIL SEGUNDO MARX
Francisco Antônio de Andrade Filho
UNICAP
[...]Marx toma como objeto de
suas análises a sociedade civil na sua forma moderna, ou seja, como
sociedade burguesa. Qual é, pois, a natureza da sociedade civil moderna?
Fundada na propriedade privada regida pelo capital, ela é
atravessada por conflitos radicais entre capital e trabalho, pela concorrência,
pelos interesses privados, pela anarquia e pelo individualismo.
O surgimento e a natureza do Estado decorrem dessa mesma natureza
da sociedade civil. Dilacerada pela contradição entre interesses gerais
e particulares e não podendo resolvê-los ela mesma, dá origem a uma
esfera, com um aparato, com tarefas, com uma especificidade própria,
mas cuja função fundamental seria a de solucionar essa contradição.
Sua origem, porém, delimita-lhe precisamente os limites. Deste modo,
solucionar a contradição não significa superá-la, porque isso está para
além de suas possibilidades, mas antes administrá-la, suprimindo-a
formalmente, mas conservando-a realmente, e deste modo contribuindo
para reproduzi-la em benefício das classes mais poderosas da sociedade
civil.
[...]
CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL: SOCIEDADE CIVIL SEGUNDO MARX
UNICAP
[...]Marx toma como objeto de
suas análises a sociedade civil na sua forma moderna, ou seja, como
sociedade burguesa. Qual é, pois, a natureza da sociedade civil moderna?
Fundada na propriedade privada regida pelo capital, ela é
atravessada por conflitos radicais entre capital e trabalho, pela concorrência,
pelos interesses privados, pela anarquia e pelo individualismo.
O surgimento e a natureza do Estado decorrem dessa mesma natureza
da sociedade civil. Dilacerada pela contradição entre interesses gerais
e particulares e não podendo resolvê-los ela mesma, dá origem a uma
esfera, com um aparato, com tarefas, com uma especificidade própria,
mas cuja função fundamental seria a de solucionar essa contradição.
Sua origem, porém, delimita-lhe precisamente os limites. Deste modo,
solucionar a contradição não significa superá-la, porque isso está para
além de suas possibilidades, mas antes administrá-la, suprimindo-a
formalmente, mas conservando-a realmente, e deste modo contribuindo
para reproduzi-la em benefício das classes mais poderosas da sociedade
civil.
[...]
CRÍTICA DA FILOSOFIA DO DIREITO DE HEGEL: SOCIEDADE CIVIL SEGUNDO MARX
A origem da família, da propriedade privada e do Estado – Friedrich Engels –
Marx e Engels desenvolveram uma concepção de Estado que foge da linha do pensamento dominante de sua época e, inclusive, de Hegel, grande influência dos autores. Para Marx o Estado não é o ideal de moral ou de razão, mas uma força externa da sociedade que se põe acima dela não para conciliar interesse, mas para garantir a dominação de uma classe por outro e a manutenção da propriedade. Engels, em seu livro A origem da propriedade privada, do Estado e da família esclarece que o Estado surgiu junto com a propriedade privada para protege-la. Para os autores a propriedade privada gerou um conflito inconciliável, o conflito entre as classes sociais. Para impedir que os membros da sociedade se devorassem a classe dominante criou o Estado, forma pela qual se mantém no poder. Por isso todo Estado, por mais democrático que seja é uma ditadura. Marx e Engels mostram que as principais características do Estado são a burocracia, a divisão dos súditos por território e uma força militar, um exército permanente.
A origem da família, da propriedade privada e do Estado – Friedrich Engels
Luciana Marcassa
Doutoranda em Educação pela UNICAMP/
Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia e Educação - PAIDÉIA
Professora da Universidade Federal de Goiás
lu.marcassa@uol.com.br
[...]
O Estado não é, pois, de modo algum, um poder
que se impôs à sociedade de fora para dentro;
[...] É antes um produto da sociedade, quando
esta chega a um determinado grau de
desenvolvimento; é a confissão de que essa
sociedade se enredou numa irremediável
contradição com ela própria e está dividida por
antagonismos irreconciliáveis que não consegue
conjurar (ENGELS, p.135-136).
O Estado caracteriza-se, pois pelo agrupamento dos seus súditos de acordo com uma divisão territorial; é a instituição de uma força pública que não se identifica
com o povo, ao contrário, pode ser exercido contra o povo; para o seu sustento são exigidas contribuições por parte dos cidadãos; estes, divididos em classe, fazem
pressão sob o poder público em nome dos seu interesses, todavia, como o Estado nasceu da necessidade de conter e administrar os antagonismos de classe, ele é, via de regra, representante da classe mais poderosa, ou seja, da classe economicamente dominante, classe que, por intermédio dele, se converte também em classe
politicamente dominante e adquire, assim, meios de repressão e exploração da classe oprimida, meios esses que reproduzem a ordem social estabelecida.
Diante desse quadro, infere-se que a civilização é o estágio da sociedade em que a divisão social do trabalho, a troca entre os indivíduos e produção mercantil
atingem seu pleno desenvolvimento, tendo como seus sustentáculos a propriedade privada dos meios de produção (propriedade da terra, dos escravos e dos
produtos em si), a família monogâmica e o Estado.
Baseada neste regime, a civilização realizou coisas que a antiga sociedade gentílica não podia imaginar. Entretanto, o fez sob um custo social também jamais
sonhado: a ambição mais vulgar é a força motriz da sociedade, afirma Engels. Seu determinante é a riqueza, que impõe a cada época uma nova forma de exploração
baseada na divisão social do trabalho.
O autor acredita, por outro lado que, como os interesses da classe dominante não absolutamente antagônicos ao bem-estar geral de todos, aos processo de emancipação e promoção humana, a dissolução desta sociedade, que vem avançando e acirrando suas contradições sociais, é sempre uma possibilidade, pois ela mesma encerra os elementos de sua própria ruína.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade
privada e do Estado. Tradução de Leandro Konder. In:
MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. Obras escolhidas,
Volume 3. São Paulo: Alfa-Omega, s/d, p. 7-143.
A origem da família, da propriedade privada e do Estado – Friedrich Engels
Luciana Marcassa
Doutoranda em Educação pela UNICAMP/
Grupo de Estudos e Pesquisas em Filosofia e Educação - PAIDÉIA
Professora da Universidade Federal de Goiás
lu.marcassa@uol.com.br
[...]
O Estado não é, pois, de modo algum, um poder
que se impôs à sociedade de fora para dentro;
[...] É antes um produto da sociedade, quando
esta chega a um determinado grau de
desenvolvimento; é a confissão de que essa
sociedade se enredou numa irremediável
contradição com ela própria e está dividida por
antagonismos irreconciliáveis que não consegue
conjurar (ENGELS, p.135-136).
O Estado caracteriza-se, pois pelo agrupamento dos seus súditos de acordo com uma divisão territorial; é a instituição de uma força pública que não se identifica
com o povo, ao contrário, pode ser exercido contra o povo; para o seu sustento são exigidas contribuições por parte dos cidadãos; estes, divididos em classe, fazem
pressão sob o poder público em nome dos seu interesses, todavia, como o Estado nasceu da necessidade de conter e administrar os antagonismos de classe, ele é, via de regra, representante da classe mais poderosa, ou seja, da classe economicamente dominante, classe que, por intermédio dele, se converte também em classe
politicamente dominante e adquire, assim, meios de repressão e exploração da classe oprimida, meios esses que reproduzem a ordem social estabelecida.
Diante desse quadro, infere-se que a civilização é o estágio da sociedade em que a divisão social do trabalho, a troca entre os indivíduos e produção mercantil
atingem seu pleno desenvolvimento, tendo como seus sustentáculos a propriedade privada dos meios de produção (propriedade da terra, dos escravos e dos
produtos em si), a família monogâmica e o Estado.
Baseada neste regime, a civilização realizou coisas que a antiga sociedade gentílica não podia imaginar. Entretanto, o fez sob um custo social também jamais
sonhado: a ambição mais vulgar é a força motriz da sociedade, afirma Engels. Seu determinante é a riqueza, que impõe a cada época uma nova forma de exploração
baseada na divisão social do trabalho.
O autor acredita, por outro lado que, como os interesses da classe dominante não absolutamente antagônicos ao bem-estar geral de todos, aos processo de emancipação e promoção humana, a dissolução desta sociedade, que vem avançando e acirrando suas contradições sociais, é sempre uma possibilidade, pois ela mesma encerra os elementos de sua própria ruína.
ENGELS, Friedrich. A origem da família, da propriedade
privada e do Estado. Tradução de Leandro Konder. In:
MARX, Karl, ENGELS, Friedrich. Obras escolhidas,
Volume 3. São Paulo: Alfa-Omega, s/d, p. 7-143.
quarta-feira, 6 de julho de 2011
Criminalidade
Enquanto os criminosos deveriam receber toda a nossa atenção, acompanhamento médico, tratamento etc. Os verdadeiros criminosos, os doentes, é que deveriam estar presos, vigiados o tempo todo para que não piorem seu estado de saúde. Os doentes, que quase sempre dispunham inicialmente de boa saúde e por displicencia e falta de informação, adoeceram, esses são os verdadeiros criminosos.
Outro fato que corrobora essa posição, é que os próprios juristas reconhecem que a prisão só tem o objetivo de punir, de retribuir um ato lesivo perpretado pelo criminoso com um ato violento e de pura vingança, não tem sentido didático nenhum.
Se a medida compensatória ao crime tivesse caráter didático, jamais poderia ser violenta. Não se educa ninguém com violência, punindo com castigo. Com violência só se consegue a submissão servil.
Só se aprende, só se educa, pelo exemplo.
Outro fato que corrobora essa posição, é que os próprios juristas reconhecem que a prisão só tem o objetivo de punir, de retribuir um ato lesivo perpretado pelo criminoso com um ato violento e de pura vingança, não tem sentido didático nenhum.
Se a medida compensatória ao crime tivesse caráter didático, jamais poderia ser violenta. Não se educa ninguém com violência, punindo com castigo. Com violência só se consegue a submissão servil.
Só se aprende, só se educa, pelo exemplo.
Avanços da Medicina?
Se o ideal da medicina é acabar com medicina. Não ter mais nenhum doente porque adotamos as medidas preventivas necessárias para que ninguém adoeça.
E a medicina avança enquanto se aproxima do seu ideal. Mas a medicina está na verdade cada vez mais se afastando desse ideal, cada vez mais é comprada pela ganância do lucro das empresas da indústria do atendimento médico e da indústria farmaceutica, só sobrevive quem pode pagar.
A prevenção é irisória. Cada vez mais tratamos doentes, com remédios caros, em vez de evitar que as pessoas adoeçam tratando dos sadíos.
Remédio é para doente, informação, condições de vida e renda servem para evitar que as pessoas adoençam.
E a medicina avança enquanto se aproxima do seu ideal. Mas a medicina está na verdade cada vez mais se afastando desse ideal, cada vez mais é comprada pela ganância do lucro das empresas da indústria do atendimento médico e da indústria farmaceutica, só sobrevive quem pode pagar.
A prevenção é irisória. Cada vez mais tratamos doentes, com remédios caros, em vez de evitar que as pessoas adoeçam tratando dos sadíos.
Remédio é para doente, informação, condições de vida e renda servem para evitar que as pessoas adoençam.
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Extorsão Grega
Segundo MARK WEISBROT economista que tem comentado as políticas do FMI para o jornal The Guardian, a Grécia vai entrar em moratória de qualquer maneira, aprove ou não o congresso grego, as medidas de punição do país, que o governo grego, refém dos bancos, quer ver implementadas. Essas medidas não servem para iniciar nenhum processo de recuperação, ou salvamento da economia de nenhum país, só faz com que sua economia piore, agravando a recessão e garantindo o rendimento dos ricos. Essas medidas são as mesmas do receituário que os liberais, inicialmente representados pelo Fernando Henrique, mas que o governo do PT continuou e continua fazendo aqui, privatizações, diminuição dos benefícios dos trabalhadores e redução do governo. O economista citou a caso da Argentina, que entrou logo na moratória, mas que agora sua economia cresce exemplarmente sem ter que fazer concessões aos credores gananciosos.
Democracy Now Greek Parliament Approves $40B Bailout; Some Economists Predict Vote Will Worsen the Recession
Democracy Now Greek Parliament Approves $40B Bailout; Some Economists Predict Vote Will Worsen the Recession
sexta-feira, 1 de julho de 2011
Mito da Meritocracia na Sociedade
A recente decisão da UFRJ de usar somente o resultado do ENEN para selecionar os candidatos às suas vagas é uma vitória sobre o mito da meritocracia, que na verdade só serve para discriminar os pobres na seleção dos candidatos.
Na política, se não pedirmos tudo, nem aquilo que inicialmente nos contetávamos, conseguiremos obter.
Na política, se não pedirmos tudo, nem aquilo que inicialmente nos contetávamos, conseguiremos obter.
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