A política, em qualquer sociedade de classes, está fundada no domínio da particularidade sobre a universalidade, da parte sobre o todo, do privado sobre o coletivo. Para alcançar a emancipação da humanidade, é preciso romper com o círculo da política, pois se o proletariado agir politicamente ele permanecerá na órbita da parcialidade.
A revolução em geral – a derrocada do poder existente e a dissolução das velhas relações – é um ato político. Por isso, o socialismo não pode efetivar-se sem revolução. Ele tem necessidade desse ato político na medida em que tem necessidade da destruição e da dissolução. No entanto, logo que tenha início a sua atividade organizativa, logo que apareça o seu próprio objetivo, a sua alma, então o socialismo se desembaraça do seu revestimento político.
Marx, K. Glosas críticas marginais, p. 22.
A sociedade que de novo organiza a produção sobre a base de uma associação livre e igual dos produtores remete a máquina de Estado inteirinha para onde então há
de ser o lugar dela: para o museu das antiguidades, para junto da roda de fiar e do machado de bronze.
Lênin, V. I. O Estado e a revolução: a doutrina do marxismo sobre o Estado e as tarefas do proletariado na revolução, p. 332
terça-feira, 11 de dezembro de 2012
Crise Econômica
Vivemos num período de profundas transformações resultante da crise estrutural do modo de produção e reprodução da vida. Conforme salienta Mészáros (2009), esta crise não é passível de ser contornada, pois é endêmica, cumulativa, crônica e permanente, fruto do acirramento da contradição entre a produção coletiva e a apropriação privada que coloca em risco a existência da humanidade, à medida que para manter suas taxas de lucro o capital necessita cada dia mais, avançar na precarização estrutural do trabalho e na destruição da natureza.
MÉSZÁROS, I. A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2009.
MÉSZÁROS, I. A crise estrutural do capital. São Paulo: Boitempo Editorial, 2009.
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