João Brant
O lugar da educação no confronto entre colaboração e competição
Em 2007, a Câmara de Comércio Americana (AmCham) pôs em
prática, em escolas de primeiro grau de São Paulo, um projeto contra a
pirataria, voltado para crianças e adolescentes de 7 a 15 anos. Em parceria
com a Secretaria de Educação do Estado de São Paulo, os cursos miravam
um público em idade de formação de valores, que alguns anos depois
adentra a faixa etária que é hoje a maior consumidora de produtos piratas,
aquela de 16 a 24 anos.
A iniciativa bélica da AmCham é apenas mais um capítulo de uma
guerra que se luta em vários fronts. De um lado, a colaboração e o
compartilhamento; de outro, a competição e o aprisionamento, ou a
privatização do conhecimento. Por trás dessa disputa, há uma lógica de
apropriação capitalista que tem de apelar à criação de escassez artificial
para sobreviver. Para entender essa dinâmica, vale a pena explorar
rapidamente a natureza das economias de rede.
Livro do Além das Redes de Colaboração
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