Com
o capitalismo, o mercado se torna o centro da vida social e tudo tende a se tornar
mercadoria. A força de trabalho também passa a ser uma mercadoria: é negociada
no mercado, trocada por um salário. A forma do salário, segundo Marx, dá
facilmente ao trabalhador a impressão de que está fazendo uma troca justa, mas
na realidade ele está fazendo uma troca sempre desigual. E a ideologia – que
camufla isso – assume a forma do que Marx chama de “o fetichismo da
mercadoria”. O mercado oferece à nossa contemplação um espetáculo que mostra as
mercadorias, coisas, objetos, se movendo por conta própria. Esse espetáculo
influencia até a linguagem quotidiana. As pessoas falam; o petróleo subiu, o
feijão baixou, o ônibus aumentou, o imposto diminuiu, o açúcar mascavo sumiu,
etc. Por obra e graça dessa forma sutil de distorção ideológica (o “fetichismo
da mercadoria”), os sujeitos que movimentam os objetos desaparecem...
A questão da Ideologia
Nenhum comentário:
Postar um comentário