Pois não é que até o nosso delicioso suco de laranja, um dos
fortes produtos de exportação do Brasil, começa a ser recusado no
exterior por conter excesso do agrotóxico carbendazim!
O
principal agente poluidor das águas são as atividades agrícolas:
fertilizantes, pesticidas e herbicidas. Depois, os esgotos e efluentes
industriais. Segundo a Organização Mundial de Saúde, para cada real
investido em saneamento básico, cinco reais são economizados com
medicina curativa. Ainda segundo a OMS, 80% das doenças e 65% das
internações hospitalares são provenientes de problemas relacionados a
doenças de veiculação hídrica (cólera, disenteria, hepatite, intoxicação
alimentar entre outras). Segundo informações da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária, 15% dos alimentos consumidos pelos brasileiros já
apresentam taxa de resíduos de veneno em nível prejudicial à saúde. E se
o uso dos agrotóxicos não parar de se exacerbar em breve a produção
agrícola passa a ser tão nociva à saúde quanto os esgotos e as fossas o
são atualmente.
O Engenheiro Agrônomo Júlio César Rech Anhaia nos informa em artigo publicado em www.ecodebate.com.br,
em 12 de janeiro do ano passado, que estudo feito com gestantes, por
pesquisadores da Universidade de Granada, na Espanha, entre 2000 e 2002,
alertou para o perigo de disruptores hormonais, substâncias químicas,
boa parte pesticidas, cuja presença no ambiente, inclusive o urbano,
pode ser absorvida pelo corpo de modo imperceptível. Dado preocupante
dessa contaminação silenciosa foi a descoberta de que mais de 300
grávidas analisadas tinham pelo menos um tipo de pesticida na placenta.
Os pesticidas começaram a ser usados nos anos 40, mas apenas na década
de 90 se percebeu que a ingestão, por muitos anos de alimentos contendo
agrotóxicos, pode ser responsável por alterações hormonais. Como fica
patente, a periculosidade dos agrotóxicos vai muito além do que se possa
imaginar.
Controle da poluição por agrotóxicos
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