quarta-feira, 5 de outubro de 2011
Leitura de Slavoj Zizek
Minha leitura do livro "Primeiro como tragédia depois como encenação" do Slavoj Zizek foi ilustrada com a recente reação do PSOL de abrir negociações para acordos com o PV e o economista Carlos Lessa no Rio de Janeiro. Eliomar Coelho quando questionado sobre essa abertura do PSOL, só faltou afirmar que política não é lugar de virtudes.
Trotsky reprovava a democracia parlamentar porque ela passivava, apaziguava, as massas, deixando a iniciativa com o aparato do estado, em contraste com os sovietes onde a classe trabalhadora se mobilizava diretamente e exercia o poder.
O que chamamos de crise da democracia ocorre porque as pessoas pararam de confiar nas elites, aqueles que esperávamos que soubessem e nos guiariam.
A democracia representativa representa a passivização da vontade popular.
Ao falar de corrupção, muito em moda, cita Alan Badiou que aponta dois tipos de corrupções da democracia, a empírica e a da sua própria forma, a redução da política a negociação de interesses privados.
Adverte que a atuação de políticos que tem que competir através de eleições para exercer o controle do executivo e legislativo, nunca é neutra, o que possibilita a indiferença com a inabilidade do sistema democrático de capturar o que as pessoas pensam e querem.
A negociação com uma pluralidade de interesses não da lugar a virtudes. E Zizek conclui que é por isso que a democracia tem que ser substituída pela ditadura do proletariado.
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